A liberdade dos mares e as relações europeias no século XVII: A “guerra dos livros”

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.48751/CAM-2023-20324

Palabras clave:

Mare Liberum, Comunicação política, Guerre des plumes, Imperialismo, Século XVII

Resumen

Em 1603, após uma batalha naval no estreito de  Malaca, a carraca portuguesa Santa Catarina foi  capturada por navios da Companhia Unida das  Índias Orientais e levada para as Províncias Unidas,  onde todo o seu rico espólio foi vendido em hasta  pública. O episódio despoletou uma tese escrita  pelo jurista holandês Hugo Grotius, justificando a  justeza do apresamento, numa construção que  refutava as pretensões portuguesas que  consideravam o mar como domínio próprio. O texto de Grotius foi celebrado como esteio do Direito  Marítimo Internacional, fundado no princípio da   liberdade dos mares. Contudo, a argumentação de  Grotius e as reações que suscitou devem ser  enquadradas como expressão da geopolítica  europeia no século XVII. Propõe-se neste artigo olhar para esta guerra de livros como um  prolongamento da comunicação política no seio da respublica christiana, na disputa de supremacias  para assegurar interesses comerciais a nível  regional e global.

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Publicado

2023-09-01

Cómo citar

Martins, N. (2023). A liberdade dos mares e as relações europeias no século XVII: A “guerra dos livros”. Cadernos Do Arquivo Municipal, (20), 1–16. https://doi.org/10.48751/CAM-2023-20324