O quotidiano popular lisboeta através das «Cantigas subversivas» (1828-1832)
DOI :
https://doi.org/10.48751/CAM-2021-1575Mots-clés :
Lisboa, Povo, Vida quotidiana, Miguelismo, LiberalismoRésumé
Os processos políticos do reinado de D. Miguel referentes aos detidos na cidade de Lisboa pelo delito referido como «Cantigas subversivas» permitem-nos conhecer um pouco da época em que decorreram sob duas vertentes: a política e a social. No âmbito da primeira, confirmam- nos o ambiente persecutório e intimidatório característico deste reinado. No plano social, mostram-nos uma Lisboa popular, barulhenta e alegre, que cantava e dançava de dia e principalmente à noite. As casas de bebidas eram os locais de convívio mais frequentes, onde se comia, bebia e jogava. Também se convivia em casa e na via pública. A ingestão excessiva de álcool era vulgar entre o povo, sendo frequente encontrar homens embriagados e até algumas mulheres. Eles permitem-nos ainda conhecer a origem geográfica e algumas das atividades económicas do povo trabalhador, bem como os locais mais movimentados desta Lisboa popular.
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