Igualdade, Justiça e Fraternidade. A identidade dos operários tabaqueiros de Lisboa (1860-1936)
DOI :
https://doi.org/10.48751/CAM-2020-13106Mots-clés :
Identidade, Classe Operária, Tabacos, Socialismo, PolíticaRésumé
Aceitando a perspetiva de William Sewell de que todas as relações sociais são discursivas, mas que nunca se esgotam na sua discursividade, propomo-nos abordar a identidade própria dos operários tabaqueiros de Lisboa no seio da classe operária. Fá-lo-emos através das fontes escritas disponíveis, como os jornais da época, operários ou burgueses, e dos textos escritos por e sobre os tabaqueiros, entre os anos 60 do século XIX e a primeira década do Estado Novo. Destacar-se-ão, necessariamente, os artigos publicados no órgão dos manipuladores de tabacos, o jornal A Voz do Operário. Através desta abordagem, pretendemos mostrar a relevância que tem o estudo dos vários segmentos dentro da classe operária, para uma análise que, contra quaisquer intenções totalizantes, vá para lá do conceito de uma classe unitária com mera existência teórica, para uma classe em que os operários se dispersavam em várias direções.
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