José Afonso, o Poder Popular e a LUAR
DOI:
https://doi.org/10.48751/CAM-2024-21335Palabras clave:
Antifascismo, Canção de Protesto, Poder Popular, Democracia de BaseResumen
José Afonso, no Algarve entre 1958 e 1964, procede à renovação da sua obra musical. Esse processo coincide com a campanha presidencial do general Humberto Delgado, candidato da Oposição. As suas atuações passam também a fazer-se nas associações populares. Foi nesse contexto que compôs “Grândola, Vila Morena”. Depois de Moçambique, entre 1964 e 1967, aprofundada a consciência anticolonial, vai residir para Setúbal. Colaborou com todas as forças antifascistas e apesar de frequentemente identificado com o PCP (Partido Comunista Português), mostra-se próximo da esquerda revolucionária. Simpatiza com a LUAR (Liga de Unidade e Acção Revolucionária), criada em 1967, conhecida pelo assalto ao Banco de Portugal na Figueira da Foz. Após o 25 de Abril, solidário com os trabalhadores e as dinâmicas populares de base, internacionalista, entusiasmou-se com o projeto do Poder Popular, traduzido em muitas das suas canções. A LUAR extinguiu-se em 1976, mas José Afonso manteve-se ativista no campo da esquerda revolucionária, ainda que sem envolvimento partidário.
Descargas
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 João Madeira

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los autores conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, estando la obra simultáneamente bajo la licencia Creative Commons Attribution License CC BY-NC 4.0 que permite compartir y adaptar el texto siempre que se atribuya correctamente su autoría con el reconocimiento de la publicación inicial en esta revista.