Literatura noir nas décadas de 1980 e 1990: Ideologias descolonizantes
DOI:
https://doi.org/10.48751/CAM-2024-22359Palavras-chave:
Literatura noir, Neoliberalismo, Descolonização, Narração, RaçaResumo
Este artigo discute o crescimento da literatura noir em França e nos Estados Unidos da América nas décadas de 1980 e 1990. Sob as suas diversas formas, como a polar, o subgénero abraça uma agenda esquerdista, com o objetivo de explorar a ascensão de questões internas como raça, discriminação de género, e pobreza para expor o lado negro do neoliberalismo e as suas ideologias de igualdade, prosperidade e justiça. Uma leitura descolonial de Meurtres pour mémoire (1983) de Didier Daeninckx, La petite marchande de prose (1989) de Daniel Pennac, e Black Betty (1994) de Walter Mosley, demonstram como o processo de narração e o foco consciente nas “pessoas decentes” ameaçam as ideologias de construção da nação, consumismo e igualdade de género/raça. Através das obras de Walter Mignolo e Achille Mbembé, pretendemos mostrar como o capitalismo neoliberal segue o mesmo padrão de apropriação de recursos e corpos existente desde a Revolução Industrial. Um padrão desconstruído pelos escritores noir com o objetivo de promover mais humanidade.
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