Entre a revolução e a “normalização”: A cabeça de Salazar
DOI:
https://doi.org/10.48751/CAM-2024-21332Palavras-chave:
Memória, Revolução, Normalização democrática, Estatuária, ViolênciaResumo
A partir dos acontecimentos de que foi alvo a estátua de Salazar em Santa Comba Dão em 1975 e 1978, procuraremos refletir sobre como a “normalização” democrática se traduziu numa narrativa assente na reconciliação e pacificação, na desvalorização da Revolução e na ideia de que fora o 25 de Novembro, e não aquela, a garantir a democratização e a pacificação automática do país. A forma de evocar o passado e os seus usos públicos é fundamental no combate político na viragem da década de 1970 para 1980 – período de maior tensão e confrontação do que normalmente é percecionado e de charneira no que concerne à violência política – sobretudo, em 1978, ano decisivo no “ajuste de contas” com o passado. As representações desse mesmo passado, especialmente da Revolução, eram essenciais na legitimação do status quo pós 25 de Novembro que não encerrara completamente o debate sobre o modelo de sociedade.
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