Pátios e vilas de Marvila e Beato: modos de vida de um movimento antigo
DOI:
https://doi.org/10.48751/CAM-2016-6240Palavras-chave:
Zona ribeirinha oriental de Lisboa, Marvila, Beato, Habitação popular, História oralResumo
Marvila e Beato constituíram um dos núcleos fabris de Lisboa. A partir de meados do século XIX, estes espaços ribeirinhos foram-se moldando ao ritmo acelerado da produção, recebendo milhares de pessoas que chegavam em busca de trabalho, encontrando e criando também aqui os seus lugares para habitar. Nas últimas quatro décadas, o fim da indústria marcou nesta região uma nova fase, encontrando-se as velhas unidades maioritariamente desativadas, e até abandonadas. Também os velhos pátios e vilas de habitação popular se foram desertificando, perdendo o movimento de outrora. Procurámos aqui preservar o testemunho dos seus modos de vida, resgatados das imagens e fontes escritas, mas também dos testemunhos de quem aqui viveu. Deste processo de recolha de memórias, de realçar a noção de que um espaço urbano se valoriza e poderá ser regenerado, não só pelo (necessário) conhecimento sobre o seu património arquitetónico, mas antes de tudo pelo entendimento das suas vivências e sociabilidades, o “tecido humano” que sustentará o construído.
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